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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A BOA, O FEIO E O MAU

Era uma vez um menino muito, muito feio. Nasceu pobre e, apesar de ser do Rio Grande do Sul, não era viado. E apesar de ser muito, muito feio, era muito, muito bom de bola. O pai dele, que era pobre, gaúcho, mas não era nem viado nem burro, deu corda ao moleque e deixou que ele fizesse a única coisa que iria possivelmente tirá-lo da merda em que se encontrava e, de lambuja, o resto da família também.
Como era realmente muito, muito bom de bola, cresceu e começou a fazer sucesso. Primeiro aqui mesmo no salvelindo.... depois nas oropa... apesar de nunca ter jogado nada com a camisa amarela, nos clubes fazia coisas maravilhosas e acabou sendo comprado a peso de ouro por um time italiano.........
O tal time italiano é de um sujeito muito, muito mau. Tão mau que acabou virando primeiro ministro do seu país. Este país, que um dia dominou o mundo e hoje é motivo de chacota não poderia ter representante melhor. É como os Estados Unidos tendo o Arnold Schwarzenegger como presidente. Além de amigos na máfia e uma postura petista de 'não sei', 'não tenho nada a ver com isso', Silvinho é chegado numa suruba... de preferência com menininhas bem novinhas... nada de criancinhas, 'afinal dezesseis anos é criança'?
E o que duas figuras tão distintas poderiam ter a ver uma com a outra?
Aí é que entra a boa!
Novinha, cheia de amigas novinhas, cai nas graças do titio Silvio que, junto com amiguinhos ministros e parlamentares chama todas elas para umas festinhas do pijama nas suas modestas casinhas espalhadas pela bota napolitana. Mas titio é um homem ocupado e ela gosta muito de futebol. Seus pais sempre a incentivaram no esporte! Ela começa a ver os jogos do time do titio e conhece ninguém menos que ele, o feio!
Obviamente dá para ele todo o prazer que o esporte que pratica pode proporcionar. Fica, digamos, apaixonadinha. Afinal, é feio mas é macho! É campeão! E podre de rico! Dá para não amar assim?
Mas então, como numa desilusão digna de conto de fadas, titio, o mau, vende o feio de volta para o país de onde veio. É a volta do filho pródigo! Todo mundo feliz! O feio com um contrato imoralmente superfaturado, o mau com o bolso alguns milhões mais cheio.... mas... e ela? e a boa?
A boa fica puta... ou melhor, continua, ou melhor, fica mais ainda. Liga pro mau e ameaça contar para todo mundo que ele é o lobo, que come criancinhas. Manda torpedos exigindo que traga o feio de volta. O mau, como todo mau, caga e anda para ela. Afinal, quem não sabe de suas orgiazinhas ao som de ilariê? Mais um processo, menos um... que se dane! E o pior: o feio também caga solenemente para ela. Que fica só.
Moral da história: o mau continua mau, o feio continua feio e a boa... bem, a boa continua puta.