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quinta-feira, 24 de março de 2011

FUX-SE!

Luiz Fux! Não esqueçam o nome dele! É o arauto do atraso... Por causa dele, meritíssimo togado, esperaremos mais um ano para começar a faxina no depósito de lixo em que se transformaram as instituições públicas brasileiras. Dele foi o voto que manteve em cargo eletivo algumas dezenas (senão centenas) de rapineiros do bem comum, além de assassinos, traficantes, quadrilheiros, corruptos, corruptores e toda a espécie de gente que desfila pelos já sucateados artigos de nosso Código Penal.
Remando contra a maré da dignidade, o excelentíssimo ministro de nosso Supremo Tribunal votou a favor dos hospitais falidos, das escolas arruinadas, das estradas nos buracos, dos barracos, palafitas, das piranhas do planalto, da companheirada, do compadrio, do não sei, não vi, mas vamos apurar, das penitenciárias calabouços, do exército de reserva marginal de crianças para o crime, da vala negra, do desmatamento e de tudo de podre e sujo que há séculos está devidamente entranhado na vida pública deste pobre Brasil.
No próximo ano teremos eleições para prefeitos e vereadores. Qual manipulação jurídica será engedrada para que os mesmos vermes continuem a corroer a já esquelética carcaça do estado falido? Certamente já deve estar pronto algum mecanismo a ser posto em movimento assim que for verificada a mínima possibilidade de que os que encarniçadamente infestam todas as esferas da vida pública percam algum mínimo privilégio!
Falamos, gritamos, reclamamos, mas eles são totalmente indiferente a nós. Zombam e debocham de quem, por qualquer motivo, vá contra seus interesses. E os supostos guardiães da lei, da soberania do povo, que estudaram em instituições pagas por nós e que são extremamente bem remunerados para suas funções, desprezam-nos tanto quanto eles. Porque também eles são inflados de interesses e maracutaias, de sombras e medos.
Enquanto isso morremos... de alma e de corpo, sem saber se um dia pelo menos nossos descendentes olharão com espanto para o que vivemos... e se terão a certeza de que foi um triste passado, que jamais se repetirá!

sexta-feira, 4 de março de 2011

E AGORA, JOSÉS? (Parceria com Drummond)

A Dilma ganhou,
a justiça cegou,
o dinheiro sumiu,
povo se ferrou,
e agora, Josés?
E agora vocês?

Vocês que são homens,
que zombam dos outros,
vocês são o inverso,
de tudo que presta.
E agora, Josés?

Só metem a colher,
vivem de discurso,
erraram o caminho,
só pensam em beber,
só pensam em fumar,
roubar já não podem.

"A noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia,
e tudo acabou,
e tudo fugiu,
e tudo mofou"
E agora, Josés?

E agora, Josés?
os seus ternos caros,
seus whisky escocês,
suas putas e anões,
seus filés e bistecas,
sua febre de ouro,
sua incompetência,
e agora, Josés?

Com dinheiro na mão,
querem abrir portas,
mas existem portas,
que irão arrombar,
com suas intrigas...
querem ir para Minas,
mas o Neves não quer...
Josés, e agora?

Se vocês cansassem,
se vocês ganissem,
se vocês pensassem
um instante sequer...
se vocês dormissem,
se vocês morressem!
Mas vocês não morrem!
Vocês são duros, Josés!

Sozinhos no escuro,
Genoíno e Dirceu,
suas agonias
são pouco talvez...
apesar dos pesares
vocês marcham, Josés!
Josés, para onde?

Para o inferno eu espero,
que apodreçam vocês!
Josés...